À Volta da Lagoa...

No passado Sábado, fizemos mais um passeio, desta vez pela parte Nascente da Lagoa de Óbidos. Partimos às 9.05 h da Igreja do Arelho, avançámos em direcção ao Carregal e entrámos em caminhos de terra-batida, bem mais interessantes. Logo aos 2 Km, “perdemos” o Paulo Bernardes… ficou para trás, estava a tentar contactar com uma simpática caminheira que se tinha atrasado para o ponto de encontro e estava a tentar apanhar o grupo… mas não conseguiu… pontualidades… Depois de uma espera de 10 minutos, lá continuámos o percurso a bom ritmo. Já próximo da Lagoa, percorremos parte de um circuito de manutenção semi-abandonado e subimos à 1ª Torre de Observação de Aves, junto ao Braço da Barrosa, onde desagua o Rio da Cal. Com a preciosa ajuda de binóculos, foi possível observar algumas “reais” aves como a Garça, o Pato e o Maçarico. Outras menos “nobres” como o Perna-longa, a Garça-boieira, a Garça-branca-pequena e a Gaivota-argêntea…a praga... também estavam por lá... Este recanto da Lagoa, onde reina a calmaria é uma zona de nidificação, especialmente da Garça-real, ave muito esquiva e que não gosta muito de intrusos. Continuámos em direcção à 2ª Torre. Até ao estradão que vem da ETAR, o trilho, sempre junto à água, é espectacular, fomos a uma pequena ilhota apreciar e sentir a Lagoa à nossa volta, perto, é possível observarmos dois pequenos ancoradouros, construídos em precários passadiços de madeira, reflexo de uma faina muito artesanal que ainda se pratica nestas águas. Depois do Parque de Merendas, descemos até a uma ponte de madeira, que já não existia, as enxurradas do último Inverno deixaram marcas… não arriscámos a passagem “a vau”, apesar do Ribeiro ser estreito, tinha alguma profundidade e fundo de lamas… A opção foi trocarmos os 8 m por 3.000 m para contornarmos a vala… o que é isto para caminheiros?... Subimos à 2ª Torre: novamente o Pato-real, o Corvo-marinho, a Garça-boieira, a Gaivota-argêntea e um grupo de 6 Flamingos, que habitualmente, embora nunca em grande número, habitam temporariamente esta zona da Lagoa nesta altura do ano. Passámos junto à foz do Rio Arnóia e deixámos o grande lago pelas costas. Daí até à Igreja do Arelho foi um pulo. Ao todo, percorremos 13 Km a uma média horária de 4,7 Km, fora do normal, mas compreensível pela facilidade do percurso. Por fim, aconselhámos alguns caminheiros a reporem algumas energias para o lado dos “Musaranhos”. Como tínhamos levados as canoas, eu, o Paulo Bernardes, o Zé e o Quim fomos, mais uma vez, dar uma voltinha pela Lagoa, entrando pelo Braço do Bom Sucesso, até à Foz… 3 horas a remar, espectacular!